15 março 2013


O BAIXO NÍVEL DOS PROGRAMAS E O BBB

Como sempre, não ficarei em cima do muro numa análise do que vem ocorrendo nas nossas casas todos os dias, via televisão. Um grande amigo, Joaquim Canuto,  enviou-me um texto do arcebispo auxiliar de Aracaju referente ao programa BBB, da Rede Globo. E concordo integralmente com o que o arcebispo escreveu.

A quem interessa solapar as bases da decência, do equilíbrio familiar, com o baixo nível do que é apresentado pelo programa da Rede Globo? É indiscutível que os valores mais dignos do ser humano são ali afrontados. Pessoas segregadas, embriagando-se em cada festa e os desentendimentos aflorando como se fossem simples objetos dos mais vis instintos. A promiscuidade grassa ali. E não vai aqui qualquer laivo de puritanismo. Não tenho esta característica. É apenas a constatação da degradação, preocupante mais ainda pela força do exemplo negativo que está chegando para muitos jovens, grande admiradores da insanidade do Big Brother.

O programa agride não só os seus participantes, chamados de heróis pelo apresentador do programa. Está na internet e nas rádios enquetes relativas a quem deve sair ou ficar na casa lamentável e dolorosa. E mobiliza milhões de almas em sua grande audiencia. Perdoe-me os que gostam de assistí-lo mas é a burrificação e a vulgarização de cada um de nós, os que paramos para assistir seus descalabros. Em nada enriquece ( a não ser materialmente o vencedor da prova vulgar ) quem se detem para assistir o programa. E contribui para a desestruturação de muitos lares pois elementos nocivos ao bem estar espiritual da família ali se propaga como coisas certas e naturais. E não são.

Oremos para que nossas emissoras de tv alcancem logo o dia em que saberão propagar o melhor e contribuirão para a educação das almas, com os programas instrutivos. E quando abordarem o lazer, que tambem é importante para a vida do ser humano, o farão em bases de coisas sadias, enriquecedoras dos valores mais caros da solidariedade, da cultura, do belo, das artes como um todo. Façamos, ainda, nossa parte, conversando com nossos filhos e avaliando a queda moral e emocional que se apresenta nesses programas bárbaros. E se depender de nós, desligar e mudar de canal, a fim de que a sombra ali veiculada não se faça imagem em nossa tela mental, espalhando perturbação em nossas vidas. Exagero ? não, não creio que o seja. "Sim, sim, não, não". Eis a clareza solar da postura.

Frederico Menezes

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